Chegas a esta altura do ano, olhas-te ao espelho e vês algumas manchas na pele. As manchas são complicadas de tratar porque mesmo que não sejam visíveis na superfície, o dano é muito profundo. Também deves saber que embora tenham surgido no verão passado, na verdade são o resultado da exposição contínua ao sol por períodos prolongados. A pele tem memória e por isso, ao ser exposta ao sol sem proteção, ela fica prejudicada ano após ano e no fim as manchas acabam por ficar visíveis. Já falamos sobre os erros mais comuns no cuidado facial e hoje vamos explicar o que são manchas na pele, porque se formam e como as tratar.
O sol está envolvido na formação das manchas, mas também há outros motivos como a genética, tomar alguns medicamentos, usar contracetivos em comprimidos e anéis, sofrer de acne, ter inflamações diversas como a vermelhidão que acompanha a rosácea, as picadas de mosquito, entre outros.
A mancha é por definição um acúmulo de melanina, que é um pigmento que vem do melanócito, que por sua vez é uma célula muito parecida com os neurónios por ser a célula que vem da crista neural. Estas células têm funções protetoras, pois são reativadas quando te expões ao sol e defendem-te dos danos, mas também são ativadas quando há um processo inflamatório, por isso as espinhas e a vermelhidão tendem a escurecer porque há uma alta concentração de melanina e em contato com o sol ficam castanhos.
A única coisa que existe para evitar esses danos é não te expores ao sol, mas uma vez instalada a mancha não há solução definitiva. É por isso que prevenir e evitar a exposição solar é tão importante. Por isso, aconselhamos que caso tenhas alguma mancha, vá a um dermatologista para te informar que tipo de mancha tens e descartar qualquer malignidade. Prevenir e antecipar qualquer problema é fundamental.
Estas são as manchas mais comuns:
Lentigos solares: o lentigo solar, também conhecido como mancha senil ou melanose solar, são pequenas manchas mais escuras e planas que surgem na pele.
As machas podem surgir em pequena quantidade ou serem múltiplas. A sua coloração varia de castanho claro ou cinzento até um castanho bem escuro.
O lentigo solar é basicamente um problema estético. As lesões são assintomáticas e completamente benignas, não necessitam de tratamento.
Se o paciente considera as manchas esteticamente inconvenientes, há tratamentos disponíveis para aliviá-las ou removê-las.
Manchas de acne pós-inflamatórias: Como o próprio nome sugere, a hiperpigmentação pós-inflamatória ocorre na sequência de uma lesão ou inflamação da pele quando esta fica escura e descolorida após a ferida já estar curada.
Podem ser muito bem tratadas com peeling ácido que inibe a produção de melanina ou com um laser como o Clear and Brilliant que também atua libertando a pele dos queratinócitos mais escuros para que a mancha fique bem menos visível.
Melasma: São manchas castanhas ou castanho-acinzentadas que aparecem habitualmente na face. São mais frequentes nas bochechas, na testa, no nariz, por cima do lábio superior e no queixo. Podem aparecer também noutras zonas que apanham muito sol, como o pescoço ou os antebraços, mas é raro.
O melasma afeta mais as mulheres que os homens. Aparece por vezes durante a gravidez, sendo conhecido vulgarmente por “pano” ou cloasma. As pessoas com pele mais escura têm maior probabilidade de o ter, tais como as que têm um familiar com este tipo de manchas.
O melasma pode desaparecer gradualmente sem tratamento quando há um fator desencadeante que cessa, tal como a pílula ou a gravidez. Na maioria dos casos é necessária terapêutica local, que pode incluir:
- Idroquinona
- Tretinoína
- Corticosteroide
Podem ainda efetuar-se procedimentos como peelings químicos ou microdermabrasão.
Imagens: divulgação . . Manchas na pele: dicas e tratamentos
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