Artigo de opinião | Ana Pereira
Somos uma sociedade que julga de imediato. Até mesmo estudos científicos nos dizem que uma pessoa tem entre 7 e 17 segundos para causar uma primeira impressão. Impossível que naquele momento venha à tona a personalidade, a inteligência ou qualquer outro atributo que não seja físico. Em menos de dez segundos podemos ter uma ideia de como alguém é… Incrível!
Pode ser por essa razão que desde a infância nos sentimos obrigados a assemelharmo-nos aos padrões pré-estabelecidos da sociedade. Nós estabelecemos padrões de beleza pró-forma; o nariz deve ser reto; maçãs do rosto pontiagudas; o busto, grande, e a cintura, pequena.
Então, o que acontece com 99% das mulheres que não atendem ao que, ao que parece, são requisitos para a vida? Bem, muitas sentem a necessidade de se adaptar aos padrões a qualquer preço. Quer se trate de cirurgias extremas, dieta excessiva ou qualquer outra coisa para se transformar no que a sociedade determina, não importa.
Para aquelas mulheres que morrem diariamente nas mãos de esteticistas baratas em busca da felicidade – tirando centímetros ou ampliando o número do soutien – ninguém lhes disse que a felicidade não conhece tamanhos. A felicidade está tão enraizada que não há bisturi ou dieta que a garanta e, o mais importante: também não nos pode ser tirada.
A beleza não deve ser definida pelo que vemos no espelho, mas pelo que temos na nossa alma. Não existem mulheres mais bonitas do que as que estão em paz consigo mesmas ou que agradecem a cada dia o corpo e o rosto que Deus lhes deu.
Infelizmente, muitas poucas de nós conseguem entender isso. Algumas de nós percebemos isso à medida que amadurecemos, após muitos anos de auto-sabotagem e chicotadas. Também cometemos o erro de arrastar as nossas filhas para esse caminho.
Hoje, quero-vos recordar uma frase exemplar de uma mulher icónica, Coco Chanel: “A beleza começa no momento em que decides ser tu mesma.”
Imagens: divulgação . . A beleza começa no momento em que decides ser tu mesma
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