Artigo de opinião | Ana S. Ribeiro
Não é novidade dizer que a maioria dos jovens quer estar em sintonia com as últimas tendências em roupas, penteados e acessórios. No entanto, pode-se isso tornar num perigo para a sua identidade ou autoestima? Sim, em vários aspetos centrais.
A juventude de hoje procura uma identidade. E a moda (que tanto peso tem sobre os adolescentes), está na situação que vivemos hoje, na globalização, na ampla comunicação que temos, no marketing e na publicidade atual como resposta à grande concorrência que existe, à fast fashion, em geral, podemo-lo resumir à situação atual do setor da moda. A publicidade de tantas marcas, firmas e negócios diferentes é tanta que os jovens recebem estímulos de uma infinidade de plataformas em tempo real, não só das redes sociais e da internet, mas também da rua que está cheia de publicidade relacionada com a moda!
Porém, embora não seja mau que, por afinidade de carácter, os jovens se procurem reunir em grupos, o problema surge quando se desenvolve uma identidade negativa que, longe de os colocar num grupo de pessoas cujo objectivo é a procura do bem-estar e fugir de um estado de perigo, os coloca ali mesmo.
Hoje, os jovens estão imersos em diversos problemas que os desestabilizam como o alcoolismo, a toxicodependência, a violência no namoro, o abandono escolar, os distúrbios alimentares, a gravidez precoce, o bullying, os problemas emocionais, entre outros que os afligem, distraindo-os. , trabalho e desenvolvimento social.
Os jovens estão imersos em diversos problemas que os desestabilizam
E o ideal atual dos jovens foca em estar ao nível do “grupozinho” que traz o melhor telemóvel, relógio, carro, roupa de marca, bolsa, sapatos, jeans, enfim, se vestem de artista, de atleta ou de ficção ou heróis do cinema ou da televisão; ou, agir como as figuras públicas do momento, práticas que adquirem através dos meios de comunicação como televisão, internet, meios publicitários, onde procuram modelos e estilos, sendo estas questões puramente materiais que fazem com que a nossa juventude perca de vista o que realmente é importante numa pessoa, o valor que ela dá a si mesma, mas não por questões vãs que são simplesmente materiais e que são descartadas por serem consideradas temporárias, na moda.
Percebemos que estes panoramas colocam a juventude em crise, consequentemente, estas linhas servem para fazer um apelo atento aos jovens, para que se aceitem como são, independentemente de serem altos, baixos, chineses, magros, estéticos ou não, etc. ; Mas não deixem que a moda seja motivo para afetar a sua imagem, a sua identidade e, acima de tudo, dê-se a oportunidade de ver o quão maravilhosos são sem a ajuda de nenhuma moda para chamar a atenção.
Imagens: divulgação . . A mente dos jovens é afetada pela moda
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