Artigo de opinião | Diana Batista
Aqui está um termo muito popular e que, infelizmente, tem tendência a tornar-se cada vez mais popular. Vídeos, listas, memes, notas extensas falando sobre os seus costumes, gostos e características mais comuns. Nesta sociedade onde amamos estereotipar tudo, quem é uma “basic bitch”?
Para não complicar muito, são mulheres simples e básicas (da!). Vestidas com calças, sweater grandes e uggs, atacam o Starbucks do mundo com as suas carteiras Luis Vuitton e enquanto esperam pelo seu Pumpkin Spice Latte na fila, falando ao telefone com as suas BFFs traçando planos de braço para ir jantar e tomar alguns drinks-margz (margaridas) Essas mulheres suburbanas tiram fotos de tudo e, em nos perfis no Facebook ou no Twitter, são descritas como “Perfeitamente imperfeitas”.
Para muitos, isso é uma “basic bitch”; para mim, é outro termo criado pela sociedade para julgar o estilo de vida das mulheres. Mais um teste (como se fosse necessário) de que nada é suficiente, nada é aceitável, nada do que fazemos, pensamos ou dizemos está certo.
Não! Eu não sou uma “basic bitch”!
Porque no final do dia, quem sou eu (ou tu), para criticar o modo como outra mulher faz a sua vida. E acima de tudo, como posso eu criticar se eu desfrutei de um cosmo (ou cinco) com as minhas amigas, cantando os hits de da Britney enquanto tomava banho ou comprava um vestido porque “eu não tenho nada para vestir”.
Não sou uma mulher que transpira confiança (há dias em que a minha auto-estima precisa de um impulso … ou mais), mas gosto de me apreciar o suficiente para saber que eu sou uma mulher básica e muito menos uma cadela.
Sim, não vou negar, ri-me um com o outro meme e um dos muitos vídeos na net falando sobre as “basic bitch”, mas quando pensamos no assunto um pouco mais a sério (pouco, para não enlouquecer), podemos ver a seriedade dessas duas palavras.
Bem o disse Tina Fey disse em Mean Girls: “You’ve got to stop calling each other sluts and whores. It just makes it OK for guys to call you sluts and whores”. Tudo começa connosco, meninas, as grandes mudanças, as mais significativas, aquelas que podem tocar as fibras mais profundas da sociedade.