Artigo de opinião | Jorge O. Salgado
Ando há alguns dias com esta atravessada na garganta. Refiro-me à (provocante) imagem de Irina Shayk seminua em Cannes. Portanto, sem mais demora, deixem-me desabafar sobre ela e (a eventual) marca que orquestrou a presença da modelo no festival de cinema e o seu out(fit). Creio que percebem…
Para já (e daqui a bocado), o que mais se aproximava de roupa (no sentido de tecidos a cobrir o corpo) da russa, é a lingerie e o colar de diamantes, pelo que suponho que tudo tenha sido pago por uma empresa de lingerie ou joalharia. Honestamente, não vou desperdiçar um segundo da minha vida no Google para procurar o quê ou quem autor de tal… Whatever!

Bom, sendo justo e imparcial, a modelo estava de saltos, sim, cumprindo portanto a ridícula regra que pede (pede, note-se – vejamos o caso de Jennifer Lawrence em chinelos) às mulheres participantes em tão majestoso Festival, que usem sapatos de salto alto nos seus eventos. Algumas celebridades até aprovaram essa lei no forro dos seus vestidos de noite, expondo a verdadeira política do concurso: nomes sagrados podem fazer o que querem. Outra lei: qualquer pretexto serve para fazer uma festa em Cannes, o cinema é o menos. Terá sido por isso que uma marca de moda, a German Boss, que este ano comemorou em Cannes… O aniversário de Naomi Campbell? Sim, porque não estou convencido que Naomi estava lá para ver o novo filme de Victor Erice.
Qualquer pretexto serve para fazer uma festa em Cannes, o cinema é o menos
É curioso como, ao fim de tantos anos, o nome de Irina, modelo com uma reputação de excelência, ainda esteja associado a Cristiano Ronaldo, com quem compartilhou o teto entre 2010 e 2015. E daí talvez não. Será por isso que hoje, aos 37 anos, idade em que é muito difícil manter-se ativa na profissão, continua a ser muito procurada pelos melhores nomes? Por outro lado, que exemplo está a dar à filha (de 6 anos), quando lhe dizem num comentário sobre as fotos em que ela mesma mostra o seu magro visual amplamente viral. O novo “cobre-te, ******”, publicado de um vulgar telemóvel sob a foto de uma top model que, indiscutivelmente, está a trabalhar atualmente.
Mas para mim, esta não é exatamente a minha definição de mau exemplo. No mínimo, que apanhe uma brutal constipação para um dia a filha pensar duas vezes antes de se despir em público. Bem, ela ou alguém…
Convém dizer que não estou a dizer que o faça. Como diz o nosso querido Ricardo Araújo Pereira, li isso, por alto, numa página “fanhosa” na internet (acho que o site já foi apagado, até…
A modelo estava de saltos, sim, cumprindo portanto uma (“uma”) regra que pede às mulheres participantes que usem sapatos de salto alto.
Mas… O meu mais humilde pedido de desculpas por ser humano. Isto porque não resisti e fui pesquisar no Mr. Google. E o que descobri? O out(fit) – percebem, certo? (“vestido”), é da Gucci e as joias da Chopard, que organizou o sarau para o qual a glamourosa Irina se desnudou (perdão “vestiu-se”) assim. Nada deixado ao acaso, de fato.
Imagens: divulgação . . O vulgaríssimo circo de Irina Shayk em Cannes
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Ando à alguns dias com esta atravessada na garganta.
Ficaria também com esta atravessada na garganta se não fizesse esta observação: Como é possível alguém que se sente tão ofendido com o outfit de uma modelo numa festa não saber escrever e não ficar preocupado com isso? O que será mais preocupante e vergonhoso para os nossos filhos?