Os microinfluencers são mais lucrativos do que as “celebridades”
Microinfluencers – Os perfis mais modestos trazem uma série de vantagens para as empresas, tais como proximidade, confiança e custos mais baixos das campanhas ecommerce.
Até há relativamente pouco tempo, as empresas que faziam campanhas de ecommerce em redes com influencers realizavam-nas com perfis muito altos, pessoas de renome e fama que contavam com milhões de seguidores. Em vez disso, esta tendência viu como um novo actor entrou no jogo: o microinfluencer.
Um impacto mais relevante
Um microinfluencer é um perfil muito mais modesto do que as grandes celebridades e as empresas começam a ver as vantagens de trabalhar com eles. Além disso, iniciativas empresariais voltadas para esse nicho de negócios começam a aparecer. Um exemplo é o Neeuton, uma ferramenta que analisa os seguidores de uma marca no Instagram para seleccionar entre eles os microinfluencers mais adequados (a partir de 10.000 seguidores) e lançar campanhas automatizadas com eles, com a possibilidade de analisar os resultados.
Segundo Eduardo Corral, CEO da Neeuton, ao trabalhar com perfis elevados, aperceberam-se de alguns aspectos que não se encaixam bem: “Alguns influencers, no mesmo mês, fizeram campanha com três marcas que são concorrentes entre elas, e os seus seguidores estão plenamente conscientes de que eles cobram por isso, então a credibilidade sofre”, diz.
Além disso, também destaca a importância do alcance real das campanhas, o impacto que elas têm. Na sua opinião, “quanto maior o perfil do influencer, menor a relação”, e afirma que “fazer uma acção com um influencer que tem um milhão de seguidores tem menos alcance do que fazer 100 acções com microinfluencers com 10.000 seguidores” .
Pro actividade e qualidade
Parte desse impacto maior vem do comportamento desses microinfluencers. Em primeiro lugar, são pessoas que têm uma boa opinião sobre a marca, e isso nota-se. Mas, além disso, o seu tratamento com os seus seguidores é muito mais próximo do que o mostrado pelos influencers. E outra das chaves é a que Corral enfatiza: “O microinfluencer responde às mensagens, ao contrário do grande influencer”, aumentando notavelmente a interacção.
Por outro lado, esses embaixadores, mais próximos das marcas, geram “muito conteúdo e alta qualidade”, diz Corral, enquanto o grande influencer é mais limitado ao estritamente contratual.
Custos mais acessíveis
Essas acções de menor perfil também representam uma importante economia para as empresas. Como explica Corral, ao procurar esses embaixadores entre os seguidores da marca, “quando são contactados, ficam encantados”. Essa afinidade preexistente também facilita muito as negociações. De facto, a grande maioria dos acordos é baseada em provas de produtos, “mais do que uma retribuição económica”. Há também outro tipo de compensação por parte das marcas, como “descontos para eles e para os seus seguidores, além de múltiplas experiências (aberturas, convites para eventos exclusivos …)”, menciona Corral.
No entanto, a gestão de campanhas é mais trabalhoso, pelo simples fato de se trabalhar com mais embaixadores ao mesmo tempo. Daí a necessidade de facilitar o trabalho através da automação.
Dicas para trabalhar com um microinfluenciador.
Da empresa destacam-se uma série de chaves que podem ajudar ao iniciar uma ação de comércio electrónico no Instagram com um perfil mais modesto do que as grandes ‘celebridades’:
- Seleccione o embaixador certo, porque é a chave para o sucesso.• Enviar amostras de produtos e sorteio entre os seguidores.
- As contas devem ter pelo menos 10.000 seguidores, que são os que podem vincular um link nas histórias.
- Oferecer ao embaixador descontos exclusivos em produtos que possam ser promovidos posteriormente.
- Realizar concursos, que possuem uma hashtag para medir a participação de seguidores.
- Active o Instagram Shopping, para que ele possa ser adquirido do aplicativo e capturar o maior número de vendas.
- Também é interessante dar controle da conta da marca ao embaixador, para que de lá ele possa criar e compartilhar conteúdo (uma prática conhecida como takeover).