BIOGRAFIA – O apelido é do pai, o nome é da imaginação. Chama-se Paul Mitchell e é um dos grandes nomes da cosmética internacional. O talento? Herança da mãe.
Nasceu na Escócia em 1936. Mudou-se para Londres aos 3 anos juntamente com os pais e aos 18 já limpava o pó aos prémios que ganhara em competições internacionais.
Porém, Cyril Thomson Mitchell (nome verdadeiro e completo), fez primeiramente uma tentativa no ramo da ourivesaria, que durou pouco tempo pois veio a vingar com sucesso comprovado e merecido como cabeleireiro – orgulho para a mãe uma vez que fora a primeira cabeleireira de Carnwath, cidade natal de Paul.
Foi ao decidir seguir os passos da mãe que Paul ingressou na Morris School of Hairdressing em London’s Est End, em 1952.
Em 1960, depois de adotar o nome artístico Paul, foi convidado a integrar a equipa da Vidal Sasson na Bond Street em Londres. A equipa sabia bem quem era o novo membro e entusiasmados comentavam “He had great style”, “He had something terribly special/he could inspire people”.
Passados 5 anos, inaugurou o primeiro espaço Vidal Sassoon nos Estados Unidos. Em Nova Iorque, criou a Crimpers, a primeira cadeia de salões americana, divulgando o conceito de corte moderno ( wash and wear hair ).
A década de 70 foi uma década de luta e sucesso. Casou com Jolina, uma modelo polacofilipina e tiveram o primeiro e único filho, Angus. Abriu o seu Superhair Salon em Nova Iorque em 1972 e criou um cutting club (1973) que passou a ser alvo de todos os cabeleireiros do país que se dirigiram até ao clube para praticarem a arte de corte de cabelo.
Descontente com a forma como a profissão dos cabeleireiros estava a ser vista, em 1976 vendeu o seu salão de beleza em Nova Iorque e partiu para um retiro espiritual no Havai onde liderou seminários de nome “Paul Mitchell in Hawaii”. O objetivo era absorver inspiração para tentar mudar o rótulo em que a profissão se estava a envolver e para encontrar formas de tornar o trabalho destes profissionais mais fácil. A ideia era simples: ele queria ajudar os cabeleireiros, aumentando a eficiência do salão e dando-lhes as ferramentas para serem mais criativos. Todos os cabeleireiros de todo o país se dirigiram ao seu encontro para participarem na iniciativa.
A partir daqui, Paul continuou o seu caminho não convencional para o sucesso. Agarrou-se aos valores de “paz e amor” das suas raízes hippie que evoluíram e acompanharam o desejo de um homem de negócios disciplinado criar um mundo melhor para todos. Tendo encontrado rejuvenescimento no Havaí, Paul regressa à ribalta como artista de palco em vários espetáculos de beleza por todo o país.
Começou a desenvolver o seu próprio sistema de produtos que incluía uma categoria revolucionária – o produto líquido de styling, para usar no seu novo método, o Hair Sculpting, a filosofia que eliminou a necessidade de usar o secador para dar estilo ao cabelo. Em 1980, uniu-se ao guru de negócios John Paul DeJoria. Juntos lançaram John Paul Mitchell Systems®. Paul e John Paul, além de amigos, foram companheiros em muitos empreendimentos.
Juntos criaram uma quinta com um sistema autossustentável, movido a energia solar, de onde continuam atualmente a serem colhidos todos os ingredientes “awapuhi” utilizados nos produtos.
Em 1987 brilhou numa campanha nacional. Apareceu pela última vez, em1989, nas principais revistas de consumo comerciais e foi ainda neste ano que Paul morreu tragicamente de cancro do pâncreas, deixando um legado sem dimensão para Angus, o filho, que juntamente com John Paul continuaram a levar a bom porto a empresa e visão que Paul e John Paul tinham juntos.
Atualmente a firma Paul Mitchell encontra-se muito bem situada no mercado, um trabalho continuado e levado a cabo pelos seus dois braços direitos, o filho, Angus, e John Paul.