Cara Delevingne achava que a homossexualidade era “doença mental”
A modelo revelou numa entrevista que quando começou a tomar consciência da sua pansexualidade, sentiu vergonha e ódio de si mesma, devido à educação conservadora que recebeu em casa e na escola
A modelo Cara Delevingne já revelou meses atrás que, durante grande parte de sua infância e adolescência, teve uma concepção muito negativa da homossexualidade, bem como de identidades sexuais que estavam longe da “norma”, em decorrência da sua educação conservadora e tradicional que recebeu em casa e na escola. Isso também explicava a “vergonha” e o ódio que ela começou a sentir por si mesma quando começou a ter mais consciência da sua pansexualidade.
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Longe de tentar desviar a atenção daquela mentalidade que apresentava à anos atrás, a actriz também quis aprofundar agora na importância da consciência precoce, colocando-se como exemplo dos efeitos mais negativos de uma educação marcada pela intolerância e pela homofobia. A estrela das passarelas até admitiu que chegou a pensar que “ser gay era uma doença mental”, pelo que, compreensivelmente, caiu numa depressão profunda quando não se conseguia aceitar como era.
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“Honestamente, durante aquela parte da minha vida eu achava que ser gay era uma doença mental. Achei que estava doente, que havia algo estranho e errado comigo por ser diferente. E o mesmo se passava com a depressão, era algo com que eu não conseguia lidar emocionalmente devido ao estigma associado a isso. E devamos aprender que nada acontece para nos sentirmos assim, que acontece com todos em algum momento das suas vidas. Creio que poder falar sobre isso sem vergonha foi o que me deu as ferramentas necessárias para o enfrentar, o que me ajudou a encontrar pessoas para me ajudar”, disse Cara enquanto passava pelo podcast“ Make It Reign”.
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A artista britânica está convicta de que todas essas “inseguranças” que vem sofrendo ao longo da sua existência – inclusive as relacionadas à aparência física -, assim como a sua história de vícios, têm como ponto de origem aquela insatisfação vital derivada de um quadro sexual que parecia no mínimo pecaminosa e de um trauma psicológico que, na época, era assunto tabu: “A viagem que fiz foi demasiado longa, luto contra tudo isso desde criança. E acho que tudo vem de traumas e vícios que também se manifestaram na minha família. Há tantos motivos que me levaram a calar a boca em vez de dizer: ‘Estou doente, preciso de ajuda’ ”, acrescentou.
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