Alexandra Araújo, CEO da LMA, foi uma das mais recentes protagonistas do programa PM+, do canal Sapo, onde explicou como a empresa criou “uma nova fábrica dentro da LMA” inteiramente dedicada à produção de fibras naturais e de origem celulósica. Uma estratégia para responder à procura por materiais mais sustentáveis, que resulta do trabalho feito nos últimos anos com a criação do Departamento de Melhoria Contínua.
A empresária referiu o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a crescente procura que têm sentido no pós pandemia, sobretudo como resultado das deslocalizações da produção asiática. “Os americanos estão a vir para Portugal procurar têxteis técnicos”, diz, destacando marcas como a Nike e a Adidas, que continuam a encontrar dentro da LMA um parceiro estratégico.
O motivo é simples: “prestamos um serviço de acordo com o que o cliente procura”, afirma Alexandra Araújo. “O nosso core business é trabalhar de forma personalizada. As marcas vêm à procura de produtos que não encontram na Ásia ou no made in Italy, que não fazem personalizações. Conseguimos prestar um serviço que o cliente realmente precisa e não aquelas coleções rígidas”, acrescenta, generalizando os bons resultados para o sector: “as exportações estão a crescer porque temos uma capacidade de resiliência e adaptação muito grande”.
A LMA está neste momento também a estudar a criação de produtos direcionados especificamente para o padel, um novo desporto que “nem é ténis tradicional nem ténis de mesa” e que coloca desafios em termos de matérias-primas a que é preciso dar resposta. “Temos designers a estudar o movimento do atleta, a perceber as suas transpirações, a medir a resistência da malha”, afirma Alexandra Araújo. É neste quadro que, como diz a sua responsável, “na LMA há um investimento constante” nas mais diversas áreas, como é o exemplo do digital: a participação em marketplaces internacionais é, diz Alexandra Araújo, da maior importância – mas não só: na empresa, a digitalização da produção é cada vez mais uma realidade. A constituição de parcerias com a academia e os centros de investigação – tendo a CEO da empresa nomeado o CITEVE, o CeNTI e a Universidade do Minho – é por isso um caminho sem retorno.
O programa PM+ foi criado para dar a conhecer ao público o que de melhor e mais inovador se faz em Portugal. Lançado em janeiro deste ano, este é o primeiro episódio em que participa uma empresa do sector têxtil e vestuário.