Este evento, criado em 1995, perpetua no calendário português há 50 edições. Ao longo dos anos, o Portugal Fashion revelou muitos talentos e lançou estilistas portugueses para níveis internacionais em diversos eventos de moda de renome. Além disso, conseguiu atrair o olhar do mundo à área têxtil de Portugal, o que fez com que se tornasse um dos mais esperados do ano, quiçá um dos mais importantes do país.
Portugal Fashion: os momentos marcantes das 50 edições
A primeira edição do evento teve a participação de modelos internacionais, o que valorizou bastante o espetáculo na altura. Modelos como Linda Evangelista, Elle Macpherson, Claudia Schiffer, Carla Bruni e Helena Christiansen foram alguns dos nomes que arrancaram o evento. E, claramente, que a participação dessas modelos, chamou a atenção da comunicação social internacional, o que possibilitou ainda mais visibilidade ao evento fora de terras portuguesas. “Jovens à moda do Porto” foi o tema desta primeira edição, que, para além da presença das top models internacionais, contou com a participação de estilistas como Inês Calheiros, Paulo Cássio, José António, Maria Gambina, entre outros. Após a entrada do Portugal Fashion no calendário anual de eventos do país, a indústria têxtil começou a crescer, o que ajudou e motivou os designers para as suas futuras coleções.
Já a segunda edição do evento contou com um momento inesperado e assustador. O Portugal Fashion de 1996 aconteceu no Coliseu do Porto e na primeira noite de evento, a 27 de setembro, começou um incêndio na sala de espetáculos. Graças a isso, a continuação dos desfiles foi deslocada para o Palácio de Cristal, e acabou por só acontecer no dia 26 de outubro do mesmo ano.
Três anos depois, na edição de 1999, o número de jovens criadores no evento aumentou bastante, o que se considerou um salto para dar oportunidades na indústria têxtil aos estilistas que estavam a chegar no mercado. No mesmo ano, na Alfândega do Porto, aconteceu o primeiro desfile dedicado exclusivamente ao calçado.
Foi no ano 2000 que os diretores do evento resolveram reparti-lo em duas edições, como o conhecemos hoje em dia, a primeira dedicada às coleções Outono/Inverno e a segunda ao período mais quente. Com isso, o evento foi descentralizado do Porto e pode acontecer em cidades vizinhas, como Funchal, Portimão e até Figueira da Foz. Um dos motivos para a repartição do evento foi para que o mesmo acontecesse próximo ao calendário de grandes festivais internacionais.
Passado alguns anos, em 2007, a 21ª edição do Portugal Fashion aconteceu não no Porto, mas sim em Vila Nova de Gaia, município vizinho localizado do outro lado do rio Douro. O evento continuou a acontecer em Gaia até 2009, devido a um acordo assinado entre a ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários), a ATP (Associação têxtil e vestuário de Portugal) e a entidade pública local.
Na sua 27ª edição em 2010, o Portugal Fashion comemorou o seu 15º aniversário e, para ajudar a alavancar a festa, nesta mesma edição estreou o Bloom, uma extensão do evento dedicada a dar oportunidades e a apoiar nacionalmente e internacionalmente jovens talentos que estão a iniciar a carreira.
Há apenas cinco anos, em 2015, o Portugal Fashion integrou pela primeira vez a Milano Moda Donna Fashion Week, com a produção dos desfiles de Carlos Gil e Miguel Vieira no espaço The Mall. Depois desta passagem, o Portugal Fashion teve a possibilidade de afirmar que já tinha participado nas quatro maiores semanas de moda do mundo: Nova Iorque, Londres, Paris e Milão.
Em 2015 aconteceu uma inédita inclusão da moda infantil no calendário do evento. Pela primeira vez na sua história, o Portugal Fashion dedicou uma manhã exclusivamente ao kidswear. A Portugal Kids Fashion Week powered by ModaPortugal abriu uma passerelle especial, onde quatro marcas de roupa infantil – Laranjinha, Phi Clothing, Play Up e Turquesa Beach – mostraram as suas peças.
Para fechar estes momentos marcantes não podemos deixar de falar das edições atípicas que aconteceram nos últimos dois anos. Em março de 2019, o Portugal Fashion foi cancelado logo no primeiro dia graças à pandemia COVID-19 e aos perigos que o evento mostrava para o bem estar social. Graças a isso, a 47ª edição teve que ser renovada e foi assim feita em formato físico, com um corte de 80% no público, e formato digital, através de uma livestream que mostrou todos os momentos dos desfiles, entrevistas e conferências.
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