É promovida como “a última dieta que farás na vida” e a verdade é que tem mais características de um recurso milagroso sem qualquer aval científico do que uma dieta sustentável ao longo do tempo.
Os especialistas consideram aconselhável fugir a este tipo de propostas e aproximares-te de uma verdadeira mudança de hábitos que beneficie a tua saúde e te permita perder peso para sempre. No entanto, nem tudo está errado na dieta do metabolismo acelerado e é isso que precisas saber (se ainda estiveres interessada).
Criada pela nutricionista americana Haylie Pomroy, tem como objetivo estimular a actividade metabólica, ou seja, estimular o gasto calórico em repouso. É em ciclos de 28 dias ou quatro semanas e, no mínimo, temos que realizar um ciclo.
Cada semana é dividida em três fases com alimentos diferentes: primeira fase de dois dias em que predominam frutas, verduras e grãos integrais; segunda fase de dois dias onde as proteínas e vegetais alcalinos são priorizados e terceira fase de três dias onde os carboidratos são reduzidos ao máximo e as proteínas e gorduras saudáveis predominam.
Além disso, a cada fase é atribuído um treino específico que é aconselhável respeitar para obter resultados. Por exemplo, na fase um é aconselhável realizar cardio, enquanto na fase dois é proposto um treinamento anaeróbico. A perda de peso prometida é de até 10 quilos por ciclo.
Aspectos positivos
Um grande sucesso desta dieta é destacar que o nosso metabolismo pode ser estimulado ou desacelerado dependendo de nossos hábitos. Metabolismo refere-se aos processos ou reações químicas que ocorrem dentro do nosso corpo e que permitem que o corpo funcione.
Além disso, são diferentes factores que o afectam, por exemplo: o exercício acelera-o e uma situação de stress pode, a longo prazo, ter o efeito oposto. Portanto, a nossa dieta também pode afetá-lo de diferentes maneiras.
Outro sucesso da dieta do metabolismo acelerado é que todos os tipos de alimentos são incluídos em diferentes quantidades, permitindo assim que ela seja sustentável ao longo do tempo.
Contras da dieta do metabolismo rápido
A primeira, a perda de até 10 quilos num mês que promete produzir um grande impacto no organismo e, a longo prazo, pode levar a uma adaptação metabólica, ou seja, atingir o efeito contrário.
Além disso, a divisão em ciclos e fases que considera, com os seus treinos atribuídos, (essenciais para acelerar o metabolismo) não tem base científica.
Por outro lado, embora esta dieta proponha comer no máximo a cada 4 horas para beneficiar o metabolismo e perder peso, existem estudos que defendem o jejum, que seria exatamente o contrário, como um bom recurso para perder peso. Da mesma forma, os especialistas recomendam não saltar o pequeno almoço e fazê-lo o mais rápido possível. No entanto, as evidências científicas refutaram essa premissa.
Outro grande erro é proibir alimentos como o milho, trigo, soja ou café (que contém cafeína e pode incentivar um pouco o gasto calórico) ou a recomendação de escolher produtos BIO, que nem sempre são os mais saudáveis ou nutritivos do que aqueles que não suportam este selo.
Imagens: divulgação . . Dieta do metabolismo rápido: prós e contras
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