Queres um smartphone realmente estável por pouco dinheiro? Então o Motorola Defy pode ser a escolha ideal: ele oferece recursos decentes por pouco menos de 300 euros, mas parece um pouco desatualizado noutras áreas. Ainda é o suficiente para uma recomendação?
O Defy está um pouco na sua própria categoria. Ele combina uma boa experiência do usuário com a durabilidade de telemóveis robustos por um preço que pode parecer muito à primeira vista, mas que se torna muito bom se estiveres à procura de um telemóvel que cujo valor não ultrapasse o teu orçamento.
Olhando de relance, ou apenas com um primeiro olhar, o Defy 2021 da Motorola é diferente de todos os telemóveis que estamos habituados a ver. As suas formas, embora modernas, podem parecer um pouco “uggly” para os mais exigentes. Mas não se deixem enganar: debaixo da sua aparência, encontra-se um telemóvel com um desempenho contemporâneo e um sistema operacional moderno.
Para o seu novo telemóvel apto para exteriores, a subsidiária Lenovo procurou a ajuda de especialistas em robustez do Grupo Bullitt, responsável por, entre outras coisas, telefones CAT. Assim, a Motorola conta com um parceiro bastante experiente.
A nossa análise detalhada mostrará se o Motorola Defy 2021 é realmente um bom smartphone para exteriores (e não só).
Motorola Defy: rugged, ugly, mas um campeão na sua categoria
Já o dissemos: quando se trata de aparência, o Motorola Defy não é o dispositivo móvel mais bonito que existe. O ecrã está cercada por engastes, especialmente aquele queixo do tamanho de Thanos na parte inferior. Felizmente, o entalhe tem um design em forma de lágrima, que é uma das soluções mais elegantes que existe. Apesar da sua aparência um tanto áspera, no entanto, a nossa opinião é que o novo Defy é um dos telefones robustos (aka “ugly” para os mais novos) com a melhor aparência que existe.
Display
Bem, vamos lá… Este é provavelmente um dos aspectos mais fracos do Motorola Defy, mas deixem-nos começar. Tem uma tela de 6,5 polegadas de tamanho decente feita com Corning Gorilla Glass Victus – um dos displays de vidro mais duráveis no mercado.
O painel é um LCD 720p que, sem surpresas, tem ângulos de visão relativamente maus e escurece quando visto de lado. Já o brilho máximo do Defy também não ajuda em nada – conseguimos um máximo de 354 nits. Lembrem-se disso se estiverem a planear usar muito o telefone sob forte luz solar.
A câmara do Motorola Defy
A câmara é, sem sombra de dúvida, o seu ponto forte, com uma lente principal de 48 MP, uma macro e um sensor de profundidade, enquanto o selfie snapper na frente tem 8 MP.
A câmara principal tira fotos de com uma boa quantidade de nitidez, desde que haja luz suficiente. O HDR também parece estar a fazer um bom trabalho no equilíbrio de sombras e realces, mesmo nalgumas situações mais desafiadoras.
Mas o ponto forte da sua câmara com 48MP é que não perde nitidez na imagem quando ampliada ao máximo, quando tirada em boas circunstâncias, chegando mesmo a surpreender ao bater os 64MP do Samsung Galaxy S21.
O Defy tem um modo retrato disponível, mas para sermos sinceros não tocaríamos nele. Os resultados são medíocres com o assunto delineado incorretamente e um desfoque de aparência muito falso por fundo. As coisas ficam ainda piores se tentarmos usar o modo com a câmara frontal, onde parece que o HDR não funciona bem ou nem funciona. Caso contrário, a câmara frontal tira selfies agradáveis com tons de pele surpreendentemente bons.
Também tem um modo macro que oferece muito bons resultados se estivermos num local com bastante luminosidade e, claro, manter a mão firme. Quando se trata de vídeo macro, no entanto, esse não é o caso. O foco muda continuamente e a resolução é decepcionante, para dizer no mínimo.
E por falar em vídeo, tanto a câmara traseira principal quanto a frontal pode gravar em 1080p – 30fps. A qualidade como um todo é abaixo da média – a imagem tem cores desbotadas e objetos distantes mal são distinguíveis. A estabilização é aceitável sem as boas e velhas correções irregulares de vez em quando.
Resistência na vida real
Poeira, à prova d’água (até 1,5m durante 35 minutos) e à prova de quedas (até 1,8m em qualquer lado ou canto). De uma queda do tejadilho do carro a uma queda acidental do bolso do usuário, passando pelo café entornado e deixado ao sol, este smartphone robusto foi testado ao extremo para onde quer que que vá.
Tentamos (dentro dos limites) danificar o Motorola Defy sem sucesso. Durante uma semana esteve na neve, nas mãos de uma colunista de moda, e de um empresário em viagem.
Por quanto à sua viagem à Serra da Estrela, deixamos o equipamento em condições bastante adversas, tendo inclusive caído na neve onde se manteve durante cerca de 5 minutos. Se tivemos que proteger os restantes do sol, fomos almoçar e deixamos o Defy em cima do tablier, bem exposto às radiações solares. E quando o retiramos, foi com alguma surpresa (agradável) que usamos de imediato a sua camara sem qualquer tipo de embaciamento ou outro problema.
Já a nossa colunista, testou a sua capacidade para além do que lhe foi pedido. Por várias vezes deixou cair o telemóvel, sem que sofresse um arranhão. Feitas imagens na praia, em dia de sol, não só “enterrou” o dispositivo na areia, como ainda o levou ao mar tirando algumas fotos debaixo de água. Curiosamente, deixou o mesmo secar ao sol, tendo em seguida ido ao quarto de banho de um café para o lavar.
Tornou-se indiscutível para nós, que o Motorola Defy é mais resistente do que a própria Motorola anuncia.
Pronto para empresas e negócios
Com aplicativos, software e recursos corporativos, o Motorola Defy está pronto para o negócio. Quem o diz viajou em trabalho, usando todas as aplicações que qualquer android pode comportar, substituindo temporariamente o seu dispendioso telemóvel. No fim, quando inquirido, elaborou tudo o que necessitava sem ter que recorrer a qualquer equipamento.
Vida útil da bateria
Além da sua robustez, o Motorola Defy 2021 tem outro aspecto poderoso – o desempenho da bateria. Sim, é sem dúvida lento para carregar até 100%, como seria de esperar com apenas um carregamento rápido de 20W e uns pesados 5000mAh para encher.
No entanto, por mais lenta que seja para carregar, a bateria é exponencialmente mais lenta a descarregar. A resolução de tela de 720p e o chipset de baixo consumo de energia, juntamente com a enorme quantidade de carga armazenada, fornecem de dois a três dias de energia, dependendo do uso.
A nossa conclusão
O dispositivo claramente não se destina a usuários avançados. Mas a maioria dos compradores provavelmente terá um campeão no que diz respeito a vários pontos: para além de fazer o que qualquer outro faz, tem como bónus a sua extrema resistência e, muito importante, a longa vida da bateria – que na grande maioria dos aparelhos da concorrência, dura cerca de 24H.
O nosso grau de satisfação é elevado e, pese o facto de estarmos numa área onde a imagem é de extrema importância, não abriríamos mão de um aparelho com estas características em comparação com muitos – e dentro do mesmo valor – existentes no mercado.
Prós
- Vida útil da bateria de grau A
- Durabilidade e qualidade de construção
- Experiência de software geralmente suave
- Chipset suficientemente poderoso
- Câmara com 48MP efectivos
Contras
- Display insatisfatório: baixa precisão de cores e brilho máximo
- A qualidade da gravação de vídeo e som é medíocre
- Má sensação ao toque e experiência de digitação lenta
- As fotografias funcionam, mas ainda estão abaixo da média quando fora de um ambiente bastante iluminado.
Imagens: TO . . Motorola Defy: rugged, ugly, mas um campeão na sua categoria
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