Cinco anos depois da Covid-19, Mário Jorge Machado, presidente da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal e da EURATEX, fala sobre o impacto da pandemia no sector, como é que a indústria reagiu e que lições foram deixadas desse período. Entre as conclusões mais evidentes está que a pandemia foi um gatilho para que a moda começasse a fazer mais lobby na Europa.
“Conseguimos dar-nos a conhecer produzindo milhões de máscaras. A moda deu às pessoas a oportunidade de saírem novamente e viverem a vida”, relembra em entrevista à publicação Modaes. “Temos uma grande capacidade de inovar num curto espaço de tempo e uma velocidade de desenvolvimento de produtos de duas a três semanas”, salientou.
Com base nessa capacidade de resposta, os líderes políticos perceberam a importância estratégica do sector na economia e encararam com outra urgência a redução da dependência asiática. Durante o período de confinamento reconheceu-se a importância de reindustrializar a Europa e de garantir autonomia industrial, uma convicção que na nova era pós covid se esbateu.
“Já temos conhecimento de como produzir tecidos para a área da saúde, mas voltou-se ao ponto onde se estava em 2019, as compras continuam a ser feitas na Ásia”, denunciou. Pedindo uma vez mais que sejam dadas condições competitivas às empresas europeias, que se compre mais aos produtores europeus e sejam aplicadas leis iguais para todos.
Relativamente à sustentabilidade, terminou com a mensagem de que “é preciso saber qual o objetivo específico por trás de cada legislação”. A entrevista pode ser lida na integra aqui, assim como uma série de outras notícias criadas pela Modaes para marcar a data.