ATP reúne-se e debate futuro pós-Covid da industria têxtil
A principal reunião anual do sector têxtil tem lugar esta quinta-feira, 26 de Novembro, nos auditórios do CITEVE, com transmissão via streaming para todos os participantes. Para além do novo formato, adaptado às atuais contingências, a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal foca-se nos principais assuntos do momento, com o futuro pós-pandemia em cima da mesa. Quais os novos desafios à indústria, como concretizar a revolução digital e qual a resposta aos novos hábitos de consumo são alguns dos pontos em destaque, num simpósio que contará com a participação de Pedro Siza Vieira, Ministro de Estado da Economia.
Num presente marcado por alterações profundas em toda a sociedade, a indústria portuguesa de têxteis e vestuário reúne-se com os olhos postos no futuro pós-Covid. Na próxima quinta-feira, dia 26 de Novembro, a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal organiza o Simpósio da Indústria Têxtil, a principal reunião anual do sector, que este ano vai reunir empresários, investigadores e representantes do Governo com o objetivo de discutir os assuntos mais prementes do contexto atual e definir estratégias para defender as empresas e os empregos no presente e promover o crescimento no futuro.
Com a participação confirmada de Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, o Simpósio tem já o programa fechado, para duas horas de debate e troca de ideias – das 16 às 18 horas – que se centrarão no auditório do CITEVE, em Vila Nova de Famalicão, mas que serão transmitidas em direto via streaming para todos os participantes, em Portugal e além-fronteiras.
Se antes da pandemia, a indústria têxtil e de vestuário sentia já um mundo em constante transformação, a atual crise sanitária veio catalisar as mudanças estruturais já identificadas: digitalização, sustentabilidade, responsabilidade social e novos hábitos de consumo afirmam-se hoje de uma forma cada vez mais profunda e acelerada. “A pandemia do Covid-19, que ainda vivemos, inesperada e brutal nas suas consequências, surgiu como um acelerador da História, tornando as transições mais imediatas, sem qualquer transição ou preparação”, resume Mário Jorge Machado, presidente da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, antecipando o seminário que decorre esta quinta-feira.
A mudança nos modelos de negócio e os previsíveis cenários pós-covid sãos os fios condutores para um simpósio com uma lista de oradores de grande experiência e conhecimento da atividade industrial e económica. Para além dos discursos de Mário Jorge Machado, presidente da ATP, e de Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, o programa conta com Augusto Mateus, da EY Portugal, como Key Speaker e com uma mesa-redonda composta por Ana Tavares (Smartex), Nuno Gonçalves (IAPMEI), Ricardo Gomes (El Corte Inglés) e Vitor Abreu (Endutex), numa conversa moderada pelo jornalista Jorge Fiel. Augusto Mateus, economista, investigador e consultor na área da macroeconomia, política económica e competitividade industrial, será o key speaker do Simpósio. Com uma grande experiência no ensino e na investigação académica, mas também em funções governamentais – exerceu funções como secretário de Estado da Indústria e Ministro da Economia – Augusto Mateus vai focar a sua intervenção na análise dos desafios da sustentabilidade e dos novos hábitos de consumo, uma das macrotendências aceleradas pela pandemia e que exige maior adaptação ao tecido empresarial e comercial português.
Os mesmos tópicos – bem como a automação dos processos, a digitalização do comércio ou a diversificação crescente dos mercados – vão ocupar a mesa-redonda que ao longo de mais de meia hora vai debater o atual estado do sector e o futuro pós-pandemia.
Por fim, o Simpósio será encerrado com o habitual discurso de Estado do Sector, dirigido por Mário Jorge Machado a toda a audiência, e pela participação – de forma remota e através das plataformas digitais – do Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.
“Quem ambicionar ter um lugar no futuro, sobrevivendo à pandemia e aos seus efeitos negativos no tecido empresarial, terá de se posicionar com mais critério, mais foco e mais especialização, terá de ser mais tecnológico sem prescindir da criatividade e da moda”, antecipa Mário Jorge Machado, lançando as bases para o debate.
A ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal convida todos os interessados a integrar a audiência do fórum têxtil, agendado para dia 26 de novembro, das 16 às 18 horas. O acesso ao evento é gratuito, mas exige inscrição prévia.