FLM Têxtil obteve certificação de qualidade
Especializada na produção de moda desportiva, íntima e de banho, a FLM Têxtil, com sede em Brito, Guimarães, obteve a certificação ISO 9001, a norma mais utilizada mundialmente e referência internacional para a Certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade.
Depois de ter iniciado uma parceria com a Universidade do Minho para implementar os requisitos da certificação “Global Recycled Standard” e garantir que os artigos da empresa vimaranense são produzidos com o mínimo de impacto para o meio ambiente, a FLM Têxtil obteve a certificação ISO 9001 que assegura a consistência e aperfeiçoamento de práticas de trabalho, incluindo os produtos produzidos e serviços prestados.
A obtenção da certificação foi recentemente assinalada com a visita à FLM Têxtil do Vereador do Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal de Guimarães, Ricardo Costa, e da Presidente da Junta de Freguesia de Brito, Fátima Saldanha.
“Uma empresa que tem crescido sustentadamente, consciente do seu papel no que diz respeito à sustentabilidade, isto é, do ponto vista económico, social e respeitando os valores ambientais”, afirmou o vereador Ricardo Costa, salientando que a FLM Têxtil “demonstrou que o futuro passará, seguramente, na introdução da economia circular e na inovação constante quer do ponto de vista dos processos quer do ponto de vista dos produtos. Um exemplo a seguir”.
Filipe Marinho, líder e fundador da FLM Têxtil, explicou que a empresa vimaranense procura “usar a criatividade e a inovação para fortalecer as marcas, através de uma força de trabalho competente e desenvolvendo produtos/serviços éticos e de alta qualidade, utilizando o negócio para inspirar e implementar práticas sustentáveis entre as marcas e os consumidores finais”.
A FLM produz atualmente produtos de moda desportiva, íntima e de banho, tendo encontrado no mercado dos biquínis uma oportunidade de expansão e de afirmação.
Prestes a completar dez anos de existência, a FLM Têxtil evolui, desde 2016, de 7 para 28 funcionários e de um volume de vendas de 907 mil euros para uma estimativa de 1,7 milhões em 2021. Produzindo inicialmente moda íntima conceptual, a FLM Têxtil acrescentou à carteira de produtos a moda de banho e os artigos de desporto técnico e passou a assegurar internamente os processos de desenvolvimento do produto, confeção e corte.
A empresa investiu recentemente em tecnologia de corte laser e prevê para 2026 ter ao seu serviço uma centena de funcionários e acrescentar às atividades internas os sectores de embalagem, distribuição, logística e gestão de marcas, o que lhe permitirá ambicionar um volume de vendas estimado de cerca de 5 milhões de euros.
A FLM Têxtil prevê ainda mudar de instalações para um espaço, segundo Filipe Marinho, “que seja nosso, da comunidade e que esteja aberto para quem quiser dele desfrutar, criando assim uma ligação com a comunidade em que estamos inseridos. Para além disso, queremos que seja um edifício que se enquadre com a natureza e transmita a nossa missão e visão do futuro”.
No curto e médio prazo, a FLM Têxtil prosseguirá com os processos de certificação GRS e GOTS e intensificará os sistemas de controlo e monitorização de produção, assim como os de Informação e Business Inteligence.
Parceria com a Universidade do Minho
Procurando ser “uma referência no mercado, ajudando as marcas a atingir o seu pleno potencial e contribuir para um ambiente sustentável e justo”, a FLM Têxtil, segundo Filipe Marinho, “reconhece que as certificações são um caminho credível e de diferenciação, exigindo dedicação e compromisso, tanto com a gestão como com toda a estrutura organizacional”.
“Representam uma profunda necessidade de mudança na forma como as empresas estão habituadas a trabalhar e assumem um papel transformador tanto na vida dos colaboradores como no ambiente em que se inserem”, salienta o empresário garantindo que “esta é a responsabilidade que a FLM Têxtil está disposta a assumir”.
A ligação à Universidade do Minho já permitiu dar passos importantes na certificação “Global Recycled Standard” (GRS) que visa reduzir o impacto da produção nas pessoas e no ambiente, assegurar que os produtos são processados de forma sustentável e aumentar a percentagem de conteúdo reciclado nos produtos, assim como controlar os desperdícios ao longo da cadeia de produção.
“A Universidade do Minho é uma entidade de referência mundial ao nível do ensino superior, da investigação e do desenvolvimento, tendo também capacidade para estabelecer a cooperação entre os setores universitário e empresarial.”, afirmou Filipe Marinho explicando que a parceria “permitiu o contacto direto dos estudantes com a realidade empresarial, ao mesmo tempo que a FLM Têxtil teve acesso a uma das gerações mais qualificadas de sempre, com mentes criativas, capazes de criar soluções inovadoras para os problemas das empresas”.
Através da parceria com a Universidade do Minho, prossegue, “obtivemos ideias e soluções interessantes para questões relacionadas com todos os aspetos da sustentabilidade, incluindo propostas para melhorar a qualidade de vida dos nossos colaboradores, reduzir e reaproveitar o desperdício, melhorar o processo de armazenamento de materiais e automatizar processos de logística e embalagem”.
Recordando que “as instituições de ensino superior são responsáveis pela formação e preparação de toda a mão-de-obra do futuro” e que “é do interesse de todo o mercado que essas gerações estejam o mais bem preparadas possível”, Filipe Marinho realça que “o papel da FLM Têxtil na parceria com a Universidade do Minho foi precisamente oferecer aos alunos uma experiência útil para a sua formação e liberdade criativa, beneficiando, por outro lado, da ousadia e capacidade para apresentarem propostas viáveis que vão ao encontro das necessidades empresariais”.
Produzindo em regime de private label, a empresa de Filipe Marinho apresenta-se com uma plataforma de soluções têxteis com uma amplitude de 360 graus. “A versatilidade e a capacidade para corresponder aos pedidos mais exigentes dos clientes, apresentando soluções inovadoras e de qualidade, são imprescindíveis para que uma empresa se mantenha na vanguarda”, afirma Filipe Marinho.