Mais de metade das falsificações vendidas online são moda
O setor da moda lidera as apreensões de falsificações online feitas na União Europeia, com o vestuário e calçado a assumirem uma quota parte de mais de 50%: 17,3% para a roupa e 33,7% para o calçado – logo seguidos dos artigos de perfumaria e cosmética (9,6%) e artigos de couro (8,7%).
A lista é da responsabilidade do Gabinete para a Propriedade Intelectual da União Europeia e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), e revela ainda que os equipamentos elétricos, brinquedos e relógios fecham o top das falsificações.
O relatório, que examinou dados de apreensões aduaneiras de produtos nas fronteiras externas da União Europeia, analisa como os produtos falsificados chegam aos consumidores e expõe que o comércio eletrónico é o principal canal de distribuição desse tipo de mercadoria.
Em relação à origem dos produtos falsificados, a China ocupa o primeiro lugar no ranking, com 75,9% das apreensões, seguido por Hong Kong (com 5,7%), Turquia (5,6%), e Singapura (3,3%).
Para os responsáveis do relatório, o impacto da pandemia despertou o interesse entre os falsificadores e o comércio de produtos falsificados disparou no canal digital; em 2020 as vendas online mundiais aumentaram mais de 20% em relação a 2019 e, de acordo com o estudo, de todos os produtos adquiridos online, 68% vieram da China.
O relatório afirma que, de todas as apreensões de produtos falsificados, 56% são provenientes do comércio eletrónico. De todas as apreensões de produtos falsificados relacionadas com o comércio eletrónico, 91% envolveram o uso do serviço postal.