A necessidade de investir na qualificação e requalificação dos trabalhadores é uma questão transversal a todos os países da Europa e que, no caso português, afeta particularmente o setor têxtil. Nesse sentido, a ATP, através da Euratex, participou ativamente na elaboração do “Pact for Skils” (pacto para as competências) que acaba de ser assinado com a Comissão Europeia.
“Esta é uma questão em que não estamos sozinhos, decorre da iniciativa da Comissão Europeia e diz respeito a todo o setor industrial da Europa, que no caso dos têxteis está a ser coordenado pela Euratex”, explica Ana Paula Dinis, a Diretora Executiva da ATP, encarregada deste dossier.
“No nosso caso, o que sabemos é que temos uma população de trabalhadores envelhecida, grande parte já na eminência da reforma, o que nos impõe uma grande necessidade de atrair jovens e ativos de outras profissões”, continua Ana Paula Dinis, explicando que esta é uma questão abrangente que não diz respeito apenas às empresas.
“Coloca-se também com a preparação e qualificação profissional para os desafios das transições climática e digital, pelo que tem o envolvimento de todos os players e agentes do setor”, dai que em todos os países o pacto é subscrito não só pelos representantes das empresas mas também pelos centros de formação, de competências ou de conhecimento, como é o caso do CITEVE.
O principal objetivo do Pacto é maximizar o impacto dos investimentos na melhoria das competências e centra-se em 5 objetivos básicos: promover uma cultura de aprendizagem ao longo da vida para todos; construir uma parceria sólida de competências com as partes interessadas; monitorizar a oferta/procura de capacidades e antecipar as necessidades; trabalhar contra a discriminação e pela igualdade de género e oportunidades iguais; aumentar a conscientização e atractividade através de campanhas de informação específicas, mostrando as oportunidades do setor e promovendo a mobilidade dos jovens trabalhadores.