Os cremes que contêm retinol (vitamina A) são usados para corrigir rugas, ter uma pele mais radiante e, em última instância, são vendidos como cremes “anti envelhecimento”. Por estes benefícios as empresas querem que estes produtos sejam incluídos na categoria de medicamentos, visto que a vitamina A é um micronutriente essencial para as pessoas.
Mas apesar dos cremes conterem a maior concentração de retinol, 0,05 por cento em loções para o corpo e de 0,3 por cento em produtos de rosto e mãos, a Agência Europeia de Medicamentos diz que, pela sua função, não podem ser considerados como fármacos.
Há que ter em conta que o excesso de vitamina A é um risco para a saúde, visto que cada pessoa tem um nível de “consumo tolerável”. Por exemplo, 3.000 miligramas de retinol por dia é considerado adequado para as mulheres em idade fértil, e também para homens, bebés e crianças depois de corrigir as diferenças na taxa metabólica. Por outro lado, 1500 miligramas de retinol por dia é o nível de orientação para as pessoas com maior risco de osteoporose e fracturas ósseas, em particular após a menopausa.

Em Janeiro de 2012, as autoridades alemãs pediram uma avaliação da segurança destes produtos com vitamina A, considerando que o uso de retinol em cosméticos deveria ser restrito porque estavam a aumentar as concentrações, e ainda porque parte da população já ultrapassa os níveis tolerados. A esta petição responderam as empresas destes cosméticos que apoiaram o uso contínuo de vitamina A.
A Comissão Europeia pediu, então, o parecer da Agência Europeia de Medicamentos que assegurou estes produtos não serem considerados medicamentos em virtude da sua função.